23 novembro 2010

COMISSAO PARA DISSUAÇÃO DA TOXICODEPENDENCIA

Há 5 anos atrás, deixei de habitar uma casa na rua do eborim, ao abandona-la também abandonei o que me era superfulo, só carregando o necessario. Não comentei com a senhoria a minha saída, para outro tecto, o que é de certo modo o meu estilo. Ela incomodada com o silencio do inquilino, decidiu chamar a policia, não fosse eu estar morto, ou algo do genero. Os senhores agentes da autoridade e da lei dos homens, deparam que para além de não estar ninguém ferido, vivo ou morto, há já alguns dias resolveram também mexer nas gavetas, não fossem eles encontrar pedaços de alguém desmembrado, encontraram sim algo que se assemelhava muito a Haxixe e que tinha o peso de 54g. Cheirava mais ou menos a haxixe, tinha a forma e pinta de ser o fruto de uma apreensão.
No que me dizia respeito, aquilo não era haxixe mas uma banhada de 100 euros, que eu havia levado há já alguns meses, mas os bófias pensavam que eu me tinha esquecido daquilo na gaveta, o que deu azo a um processo judicial.
Algumas casas por mim habitadas depois, veio a tal ordem para interrogatório á minha pessoa por tal questão, espanto o meu!
O interrogatório foi simples, a analise ao suposto haxe encontrado na casa, onde eu havia habitado, fora inconclusivo. Ao que respondi se não tinham encontrado também um saco pequeno com farinha, que poderia pela mesma ordem de ideias, ser cocaina. Assumi que de facto fumava umas ganzas, bebia copos, e era viciado em cafeina e tabaco, mas que se aquilo não era haxixe, o que estaria eu ali a fazer e qual era a acusação. Ao que responderam que a queixa seria retirada se me apresenta-se á COMISSÃO PARA A DISSUAÇÃO DA TOXICODEPENDENCIA.
No dia marcado, lá estava eu no bairro da tapada, num apartamento disfaçado de instituto, com 2 ou 3 betinhos armados em psicologos, 1 recepcionista betinha, e 1 chefe de departamento com uma postura de duro (não saberá ele que a seriedade é a mascara dos estupidos?)..náá.
A mim calhou-me uma entrevistadora pouco mais velha que eu, ao qual nada conseguiu de mim, eu não era caroxo, trabalhava, e era DJ no bar onde ela de vez em quando bebia uns copos. A minha retórica foi brilhante, no que dizia respeito á verdadeira razão da minha pessoa ali, corrobado pelos factos. Fumava ganzas, bebia alcool mas não havia nada para DISSUADIR.. e ainda conbinamos encontrar nas Amas num desses dias de funk dj´ing.
A questão é: qual a necessidade de ter esta COMISSÃO, pagar a psicologos betinhos que pouco ou nada fazem, em apartamentos alugados num dos bairros chiques da cidade?

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