17 março 2011

Bela Vista para o Sado

A vida da voltas, a minha faz oitos.
Em busca de trabalho longe da casa onde durmia habitualmente, com a familia que ajudei a criar, adoptado por familia que me ajudou a ser criado. Aqui sou primo, sobrinho, e outros que as teias familiares ajudam a tecer.
O trabalho esse encontrei, entre as dezenas de CVs que enviei, tanto na margem sul, como na capital. Respondi ao que me parecia mais parecido com o que ja havia feito na Holanda e para a mesma empresa, uma das melhores para trabalhar em Portugal se bem que nessa lista tambem venha MacDonalds..
Da minha janela, no quarto onde durmo, vejo a luz do dia, como nunca havia visto, esta a a primeira folga que passo sem ir a evora, ver a pikena. Esta luz depois das 15h é me estranha, dado que trabalho sempre da parte da tarde e noite, e hoje em casa, sob a luz da ressaca da heroina.
Consomes pagas, se não, sofres os dissabores da vida, como o divorcio com crianças, o estar sempre só num sitio desconhecido onde para cravares um cigarro na rua, tens de andar kilomentros. Na casa onde agora habito, oiço os ecos do choro da criança, o desespero da mae. Lateja.
Mas outra vez agarrado? sim, mas desta vez o cavalo é mesmo bom.
Sinto-me só, triste e impotente, hoje ressaco a minha folga.