Há duas coisas que não tenho orgulho de ter vergonha. A outra é não vergonha de ter orgulho. Para além do jogo semântico, em que a realidade é exposta por prosas que rimam, esconde se a verdadeira simbiose em mim destes dois elementos circunstanciais de personalidade. O que é a vergonha, senão aquele sentimento que nos ocorre aquando queremos dançar, e não o fazemos. Está muita gente a olhar, e o medo do escárnio alheio, faz das suas. O orgulho por sua vez, é quando sentes uma felicidade, digamos, efémera de uma acção gloriosa, e sentes ufano, tal balão com hélio, mais leve que o ar. Ou seja escárnio e efémera.
Nem um nem outro!
A falta de vergonha já me alimentou, e nunca o contrário. Talvez as oportunidades que nunca saberemos se perdemos por ter mostrado um pouco de pudicidade, em determinadas ocasiões de etiqueta ou classe.
Já a falta de orgulho mostra se, na falta de objetivos e da concretização da mesmos. Para o caso o facto de ter conseguida trazer a metadona para casa todas as semanas, fez com que a minha mae, que envolvi no processo de desmame, ficasse orgulhosamente vaidosa. E essa é outra, a vaidade.
A vaidade é pouco mais que pó.
BLOG SOBRE A EXPERIENCIA DA TOXICODEPENDENCIA D´HEROINA. SEM A DEMAGOGIA DE QUEM FALA SEM SABER O QUE É UMA RESSACA, OU UMA TRIP DE CAVALO.
04 agosto 2016
Vergonha e Orgulho
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Este é um Blog inter-relacional, participe, comente, mandem-me á merda até.