24 dezembro 2015

Já não há papel

O natal chegou. Como que uma primeira parte de algo que nunca mais chegava. Metade das boas festas desejadas durante o último mês a todos com quem palavras cruzava.
O natal é uma festa tanto pagã, quanto pueril. A celebração generalizada, que às crianças pertence, por indução social. Eu como pai, desconstruí toda a fabulação desde bebé.
O oferecer prendas é mais um pretexto para viver comercial, seduzido por campanhas de marketing corporativo. Tal como as feiras populares sazonais, o natal serve os interesses de quem necessita de sair da rotina, além da celebração dos aniversários, para juntar a família e amigos. Já outros que tais são baptizados, casamentos e funerais, para o mesmo propósito servem.
Em suma o natal serve para lembrar a solidão inerente à condição social, independentemente de qual seja, lembramos os sem-abrigos, os hospitalizados, a família distante e que não temos idade para receber prendas, e as expectativas de um ano menos bom que está a chegar ao fim,   mas essas considerações ficarão para outro post..
Esta época serve também para rever os amigos e conhecidos, que longe estudam ou laboram. E eu, de castigo pelo comportamento errante e afinidade com a heroina, tenho de gramar a metadona.

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