O meu irmão mais novo, emigrado na Holanda ha quase 25 anos, morreu.
Não fumava heroína, ou cocaína, apenas erva e muita tinha como plantar em casa, e estava a ficar especialista no assunto.
Sempre me criticou por "andar a cavalo" apesar da ironia do destino, por complicações de saúde tomava morfina, para cuidar das dores crónicas, e tinha problemas cardiacos. (até que ponto que a terapia de genes forçada pela plandemia, pelos governos mundiais, agravou tal condição, estarei para descobrir..)
Fomos criados por mãe solteira, fumadora de tabaco e consumidora de cerveja, que ao juntar-se em uniao de facto, nos excluiu de sua vida familiar apesar das ligações de sangue. Causando, quiça mais uma ferida que tento sarar com heroina.
O meu mano morreu a 4 de maio na noite a seguir ao seu 47 aniversário, durante o sono, em paz. O que me apraz um pouco.
E eu, desde que ele abalou para junto do Criador, comecei a fumar crack como se não houvesse amanhã, fumei o lucro do pequeno trafico com o qual me sustentei durante alguns anos entre outros meios de subsistencia tais como tatuar em casa, ou ser alfarrabista de coleccionaveis em mercados do género.
Perdi o controlo, fumei o que tinha e o que pedi emprestado, as responsabilidades parentais e contas mensais, começaram a pesar no atraso. E até perceber o mal das minhas escolhas e lidar com as consequencias, fiz o luto de perder a pessoa mais parecida comigo no mundo.
A psico terapia ajudou, mas o perceber que procurava algo nos outros que sempre existiu em mim, fez a diferença.
Hoje faz 3 meses, hoje lembrei me de exorcitar pelas palavras que convosco partilho, a dor. O que nos une, é algo crónico, para a vida, eu partilho uma migalha da minha jornada aqui.
com amor deste que bem vos quer, Paulo de Jesus